Por um mundo melhor

Com tantas guerras, catástrofes e mortes por aí, com tantas preocupações do dia a dia que nos tomam brutalmente, infelizmente nos tornamos cada vez mais cegos deixando a vida passar por nós, apertando o botão do "automático" toda manhã, apenas sobrevivendo e não mais vivendo.

Os bens materiais, curtidas em publicações e a batalha entre egos tem sido mais relevante atualmente, e isso faz eu me questionar, aonde nós seres humanos iremos parar com tudo isso? Por que? Para que? É tanto ódio, rancor, e mágoas sendo cultivada em nossos corações, e esquecemos que no final das contas que mesmo cada um tendo suas peculiaridades, no fundo somos todos iguais, seres humanos.

Quando adultos olhamos para trás e muitas vezes chegamos à conclusão de que as coisas eram mais fáceis enquanto éramos crianças, e é aí que você se engana. Não é uma questão de ser ou não mais fácil, e sim de ponto de vista, a forma como olhamos e percebemos o mundo ao nosso redor, no que de fato acreditamos e como lidamos com nossos sentimentos. Quando pequenos aprendemos muito, é sempre uma nova descoberta, o certo e errado de acordo com o que nossa família, amigos e sociedade decreta. Mas afinal, o que realmente é correto se possuímos pensamentos e visões diferentes?

Trabalhei durante dois anos em uma escola com crianças que tinham entre 6 à 10 anos, e posso confirmar o quanto nós adultos ainda temos que aprender com elas. Ou melhor, relembrarmos da nossa criança interior. O que houve com a sua? Ela se orgulharia de quem você se tornou? Nesse tempo como assistente de classe percebi como a sociedade contamina a nossa mais pura essência, aos poucos nos invadindo e tomando total controle de quem achamos ser, como uma lavagem cerebral. É tão triste saber que para podermos existir nesse mundo tenhamos que utilizar de máscaras, e esconder quem realmente somos.

Não sabemos do amanhã. As únicas duas certezas que temos é que nascemos e morremos, não entrando em questões religiosas e respeitando o que cada um acredita, o desconhecido é temido, logo se não sabemos o que irá acontecer depois que morrermos, por que perder tempo? A vida pode ser, ou melhor, ela é tão bela. Eu sempre digo que se qualquer atitude antes de ser tomada envolver amor, respeito e empatia, o mundo seria outro, a paz seria nosso passado, presente e futuro.

Uma vez quando pequena uma professora passou um filme para a turma debater sobre, "A Corrente do Bem", quem puder assista. Bom, a história se trata de uma proposta pedagógica de um professor para com os seus alunos, que eles criem algo que possa mudar o mundo. Eis que o personagem principal surge com a ideia de um jogo com o nome "Pay it forward", em que a cada favor recebido você os retribui à três outras pessoas. Já imaginou se realmente agíssemos assim? Não deveria parecer algo tão surreal e distante, mas nos dias de hoje sentimos como se fosse impossível.

E é aqui que entra no que eu acredito, minha filosofia de vida. Sempre fui do tipo que acredita que a vida é algo além do que podemos ver. Intensidade é uma das palavras que me define, não no sentido de que para mim tudo é 8 ou 80, e sim que sinto tudo de uma forma muito intensa e peculiar. Ainda não sei dizer se esse meu jeito de ser é lá uma qualidade ou um defeito, talvez um pouco de cada, mas com toda certeza me fez ver, sentir a vida de outra maneira.

Tem uma frase de um outro filme chamado "Into the Wild" que diz assim: "A felicidade só é verdadeira quando compartilhada". Agora pare e pense um pouco, por que não compartilha-la sem ver a quem? Eu, Gabrielle, acredito plenamente que qualquer atitude nossa perante o mundo, seja ela boa ou má, um dia retornará não no sentido de vingança, karma, e sim porque o destino ou seja lá o nome atribuído tomará conta disso. Pode ser horas, dias ou anos depois. Pode ser que volte de outro jeito que não imaginaríamos, e como um boomerang lançado no ar ou como aquele antigo provérbio o qual "colhemos o que plantamos", voltará. Então, que tal transmitir mais amor, viver e valorizar  cada momento como se não houvesse o amanhã? E dessa vez, sem máscaras, automatismo, e sem deixar com que a vida e as pessoas simplesmente passem por nós.

G.



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